terça-feira, 27 de agosto de 2013

Imunossupressores

O que são imunossupressores?












Como sempre ouvimos falar, nosso sistema imunológico é nossa maior defesa. Para que o organismo permaneça em seu estado ideal e saudável é necessário que o sistema imunológico conviva de maneira equilibrada com os riscos aos quais estamos sujeitos no nosso dia a dia.
Quando falamos em medicamentos imunossupressores estamos nos referindo a medicamentos que atuam no sistema imunológico baixando a imunidade, ou seja, são medicamentos utilizados para inibir os sintomas de uma doença, ou o seu surgimento.

Nos casos das doenças inflamatórias crônicas como, por exemplo, a doença de Crohn ou retocolite onde o organismo, repentinamente, deixa de reconhecer o intestino como parte dele – e não sendo mais parte do organismo, passa a ser visto como inimigo – os medicamentos mais utilizados até poucos anos atrás eram os corticóides, basicamente a cortisona, um antiinflamatório potente e eficaz. Porém, seus efeitos colaterais bastante desagradáveis, como inchaço, depressão, fome, perda de massa muscular, dependência, entre outros, levaram ao uso de imunossupressores no seu tratamento.

Embora o nome ainda assuste, os imunossupressores são amplamente utilizados no tratamento das doenças auto-imunes, principalmente quando o paciente não responde aos medicamentos convencionais. Seu efeito parece diminuir a força do sistema imunológico, este passa a agredir o organismo de forma mais leve, e os sintomas da doença diminuem. Porém, não se sabe se é apenas isto que ocorre.
Além disso, os imunossupressores são medicamentos utilizados para evitar a rejeição de um órgão transplantado.

O sistema imunológico é capaz de reconhecer, defender e proteger o organismo contra infecções, rejeitando tudo o que é estranho. O órgão transplantado é visto pelo sistema imune como algo estranho, não pertencente ao organismo, por isso é indispensável e de extrema importância o uso dos imunossupressores, que irá ajudar a “enfraquecer” o sistema imunológico para que este não rejeite o órgão.

É muito importante que os medicamentos sejam administrados (ingeridos) de acordo com a forma prescrita pelo médico, seguindo a dosagem exata, os horários e as orientações determinadas. Ao ingerir uma quantidade maior, o organismo pode ficar mais susceptível a toxicidade e às infecções, e ao ingerir uma dose menor o organismo poderá rejeitar o órgão transplantado.

A terapia imunossupressora utilizada nos transplantes de órgãos apresentou importantes avanços nas duas últimas décadas. Ao protocolo clássico com prednisona e azatioprina acrescentou-se a ciclosporina no início dos anos 80 e posteriormente diversas drogas hoje incorporadas a prática clínica: o tacrolimus, os micofenolatos (mofetil e sódico), e as rapamicinas (sirolimus e everolimus). Agentes biológicos também foram aprimorados usando a tecnologia de produção de anticorpos monoclonais e os anticorpos anti-receptor da interleucina. Assim, os imunossupressores podem ser combinados de forma racional permitindo o uso de agentes que atuam em diferentes etapas da cascata de ativação imunológica que resulta nas reações de rejeição.

Este arsenal de drogas e agentes biológicos também proporciona a possibilidade de terapias imunossupressoras mais adaptadas às características dos pacientes ou as necessidades individuais.
Por fim, listados abaixo estão alguns medicamentos imunossupressores e também alguns de seus principais efeitos colaterais:

• AZATIOPRINA – anemia hemolítica auto-imune; artrite reumatóide grave, etc. Reações mais comuns:náusea, vômito, diminuição de leucócitos, etc.

• BASILIXIMABE – transplante renal. Reações mais comuns: náusea, dor abdominal, aumento de potássio, glicose, ácido úrico e colesterol no sangue, dor de cabeça, tremor, febre, aumento da pressão arterial, infecções no trato urinário e respiratório, etc.

• BETAMETASONA – artrite reumatóide; asma brônquica; enfisema pulmonar; lúpus eritematoso, etc. Reações mais comuns: inchaço, pressão alta ou baixa, mancha de sangue na pele, aumento de glicose no sangue, dor nas juntas, catarata, etc.

• CICLOFOSFAMIDA – antineoplásico; leucemias específicas, esclerose múltipla, etc. Reações mais comuns: náusea, vômito, inflamação da bexiga, perda de cabelos reversível.

• CICLOSPORINA – prevenção ou tratamento da rejeição em transplantes; psoríase grave, etc. Reações mais comuns: aumento da gengiva, pressão alta, toxicidade nos rins, tremor, náusea, vômito, etc.

• CITARABINA – antineoplásico; leucemias específicas; linfoma não Hodgking. Reações mais comuns: febre, náusea, ulceração anal, etc.

• DACLIZUMABE – profilaxia de rejeição de transplante renal. Reações mais comuns: dor no peito, febre, aumento da pressão, fraqueza, etc.

• DEFLAZACORT – artrite gotosa crônica; asma brônquica; bursite, etc.
Reações mais comuns: inchaço, mancha de sangue na pele, diabetes, inflamação do pâncreas, fraqueza muscular, catarata, suores, etc.

• MERCAPTOPURINA – leucemias específicas e linfoma não Hodgkin. Reações mais comuns: anemia e cor amarelada na pele e olhos.

• PALIVIZUMABE – infecção pelo vírus sincicial respiratório (profilaxia). Reações mais comuns: febre, rinite, otite média, infecção respiratória.

• SIROLIMO – prevenção de rejeição de transplante renal. Reações mais comuns: ansiedade, depressão, dor abdominal, diarréia, anemia, aumento do colesterol, dor nas juntas, infecção respiratória, etc.

• TACROLIMO (injetável) – transplante de rim e fígado (prevenção ou tratamento de rejeição). Reações mais comuns: inchaço, falta de apetite, função renal anormal, aumento de glicose no sangue, sensibilidade A luz, dificuldade par respirar, febre, tremor, etc.

• METOTREXATO – antineoplásico; artrite reumatóide grave; psoríase grave; etc. Reações mais comuns: diarréia, vômito, inflamação na boca, anemia, urticária, etc.


Por:Jaíse Bortoluzzi 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Perder e Ganhar



Tento ser o mais realista possível, com o que vivo, acredito, confio, vejo e sinto.. Sou segura, amada e amante, uma pessoa de fé e que raramente se deixa abater, mas tenho que confessar que fácil.. não é!
Dentro de mim há uma voz que grita: "VOLTE TUDO AO NORMAL!" por mais que saiba que a paciência é a alma de tudo.. ainda assim é muito difícil.
Vejo o valor da família e amigos mais uma vez, porque quando me sinto cansada de tudo e quase sem forças, vou e busco neles a força para continuar minha caminhada. 
Às vezes me pego perguntando: Onde está meu rosto? Quem é esta pessoa no espelho? me parece alguém que sofre muito.. ahh.. então não sou eu! Mas quem é então? E eu, onde estou? 
A auto estima cai de minhas mãos como grãos de areia.. sinto saudade das coisas simples do cotidiano...
Há muitas coisas acontecendo dentro de mim e que são difíceis de explicar... 
Passei por tantas coisas maiores e por que estou me sentindo tão incompleta? sei as respostas, compreendo-as mas, exteriorizar minhas tristezas me faz bem.. não me deixa guardar nada além da esperança e da fé! 
Talvez minha ansiedade de voltar ao trabalho seja uma maneira de querer que tudo volte como era, algo que me faça viver o meu eu antes.. despreocupado. Mas, aqui dentro e depois de tudo o que passei, eu jamais serei como antes, eu me cobro constantemente e inconscientemente, para que nada seja em vão e realmente não é. 
Vigio meus pensamentos para estarem sempre com boas vibrações.
Eu sou de fato uma pessoa feliz, mas com alguns picos de tristeza que em minha condição humana, acho totalmente válido, aceito.. trabalho minha tristeza com alegria! 
Em minha última consulta, eu conheci pessoas importantes para meu crescimento.. em todos os sentidos, que me acrescentaram algo importante. 
Todos os dias há uma lição nova a ser aprendida e ensinada. 
Perdi muito com tudo isso, mas como dizem, o que não te derruba te fortalece.. e se colocasse na balança tudo, os ganhos são muito maiores.
O que preciso é entrar em sintonia com todas as "pessoas" dentro de mim, adaptando-as ao meu modo de ver, de ser, de amar e perdoar. Deixar que minha essência permaneça sempre a mesma, mas de maneira mais sábia, aprendendo com tudo o que ganhei e valorizando as coisas que perdi.